Deitada no quintal, ouvindo meus próprios pesamentos e presenciando diversas sensações. O sol já estava se pondo e os primeiros pontos brilhantes iam surgindo. O vento chicoteava meus cabelos fazendo-me sentir uma sensação tão boa. E no meio de tudo isso me questionava sobre futuros.Eu não sabia o rumo a tomar. Qual seria o meu amanhã? Gostaria de saber o caminho correto, qual a decisão que seria o ápice da minha felicidade. Perguntava-me se trocar uma vida inteira por riquezas materias e dias absortos em trabalho valheria a pena. Ou que se talvez ter-se uma vida leve, sem preocupações, porém humilde seria a real vivacidade.
Tais canais de pensamento me levaram a pensar no futuro da humanidade, em um futuro incerto que transformou os dias e as noites em tempo insuficientes. O ser humano passou a ser uma máquina movida à dinheiro e à ganância que trabalha sem pausa, e que por mais que se torne rico ele continua a ser insaciável. Tal fome por poder a cada dia vai tornado o mundo um lugar insuportável, onde é impossivel sair na rua sem notar contrastes (um mendigo sentado na sargenta e um executivo entrando no restaurante mais caro, talvez?). E de algum lugar Deus vigia tal autodestruição e eu acredito que Ele sofre, pois por mais que Ele tenha feito o homem um ser racional, forte, cheio de sensações, este acaba por pouco se importar com seu próprio Criador, e consequentementre com seu próprio futuro, seja ele o terreno ou talvez o Eterno.
